Atualmente, o uso das máscaras está fortemente associado ao Corona Virus e prevenção de doenças respiratórias devido ao momento de pandemia em que vivemos.
Recentemente, a OMS recomendou o uso de máscaras de pano e/ou caseiras para cidadãos comuns, como forma de prevenção do COVID-19 (Corona Virus) reservando as cirúrgicas para pessoas contaminadas e profissionais da saúde (essas recomendações de uso e onde encontrar você encontra ao final do texto).
No entanto, o uso de máscaras e sua relação com a moda já é um pouco mais antiga e pode ser associado a diversas outras situações, também.
O USO DAS MÁSCARAS
Nossa primeira associação de uso de máscaras no dia a dia é a China e no Japão, independente da pandemia do COVID-19 (que não deve ser relacionada a nenhuma nacionalidade ou etnia). Isso rola por alguns motivos:
A China tem uma taxa muito alta de poluição do ar, um dos motivos principais para o uso de máscaras no dia a dia pelos chineses. Além disso, também é um dos países pioneiros em desenvolvimentos tecnológicos, como o de reconhecimento facial.
Como assim? Enquanto por um lado podem parecer avanços tecnológicos práticos e positivos; por outro, também implicam em uma série de questões relativas à privacidade como, por exemplo, o reconhecimento facial dos cidadãos chineses em câmeras na rua. Dificultar o reconhecimento facial e essa invasão da privacidade é um outro motivo para o uso de máscaras na China.
No Japão, o uso das máscaras também tem uma relação muito forte com a cultura e universos fictícios de animes e mangás e já aparece há muito tempo na estética alternativa de bairros como Harajuku e Shibuya.

AS MÁSCARAS NA MODA
Antes do Corona Virus, a abordagem de crises e temas “apocalípticos” na moda já era frequente. Assuntos como poluição, o colapso climático, guerras e afins já são tratados há algum tempo e são esteticamente levados a seus limites na passarela.
Além disso, a potência comercial da China chamou muito a atenção do mercado de luxo nos últimos anos. O número de consumidores e poder aquisitivo da população chinesa se tornaram grandes atrativos para a moda mundialmente.
Uma forma de atrair esses consumidores? Produzindo essas máscaras “fashion” atrativas e de grande utilidade para o mercado chinês e esses jovens consumidores.
A francesa Marine Serre, por exemplo, que tem um grande apelo no continente asiático, exibiu em sua Primavera/Verão de 2019 modelos de máscaras cirúrgicas na temática das mudanças climáticas. Novamente em seu Outono/Inverno.
MÁSCARAS E O COVID-19
De forma a reservar o uso de máscaras cirúrgicas a pessoas contaminadas e profissionais da saúde, recentemente, o uso de máscaras de pano passou a ser incentivado pelas instituições de saúde.
Para serem efetivas, essas máscaras devem seguir algumas especificações: elas precisam ser de uso individual, ter pelo menos duas camadas, cobrir totalmente a boca e nariz e deve ser higienizada com água e sabão, deixando de molho por 20 minutos. As máscaras podem ser feitas de algodão, TNT, Tricoline e outros tecidos. Para mais informações.
É possível confeccionar sua máscara de pano em casa ou você pode comprar de um produtor local. Alguns negócios locais se prontificaram a produzir máscaras de pano, seja como forma de se sustentarem nesses tempos difíceis, ou de reverter parte desse valor para o combate ao vírus.
Abaixo você confere algumas marcas locais que estão produzindo máscaras de pano:
Kace Wear Kace Wear Virgílio Couture Remexe Favelinha/Lá da Favelinha Alexandre Pavão